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Psicologia

Aos primeiros sinais de alerta, não hesite em procurar a opinião de um especialista.

 

Muitos comportamentos serão normais em determinadas situações e em determinados âmbitos, mas desproporcionados e desajustados noutras situações. Nestas últimas, a criança pode precisar de ajuda. Por exemplo, uma tristeza profunda pode ser sentida após a morte de um familiar querido, mas não fará sentido se, aparentemente, tudo estiver a correr bem nas nossas vidas e apenas perdemos uma nota de cinco euros.

 

É a desproporção entre o sentimento e a realidade que alerta para que a reação sentida não é a mais correta. Situações como a morte de um familiar próximo, o divórcio dos pais, o insucesso na escola, a dificuldade em fazer amigos ou a simples mudança de casa, podem ser geradores de stress na criança e provocar desequilíbrios na sua relação com os outros e com a vida.

 

SINAIS DE ALARME

Nem sempre a situação é evidente. Nem sempre é fácil identificar um acontecimento desencadeante. Por vezes os pais apenas notam que o comportamento da criança «está diferente», que as suas atitudes já não são as mesmas em situações idênticas. Outras vezes são alertados pela educadora ou por uma quebra no rendimento escolar.

Alguns sinais de alarme de que a criança pode estar a necessitar de ajuda são os seguintes:

■  isolamento frequente;

■  episódios de tristeza importante ou choro frequente «por tudo e por nada»;

■  falta de prazer com brincadeiras de que anteriormente gostava;

■ problemas de concentração quando realiza as suas tarefas domésticas ou escolares;

■ quebra abrupta do rendimento na escola, com notas bastante inferiores às habituais;

■  alterações de comportamento, como agressividade exagerada;

■ alterações nos hábitos de sono, seja insónia ou seja querer ir para a cama com frequência (muitas vezes um sinal de isolamento);

■ retrocesso em situações já conseguidas, como voltar a fazer chichi na cama ou voltar a querer chucha;

■ atraso no desenvolvimento, seja na linguagem seja ou no treino do bacio;

■ nos adolescentes são muitas vezes perceptíveis alterações no apetite (para mais ou para menos) ou, mais grave, sinais de dependência de drogas como o tabaco, álcool ou outras;

■ queixas frequentes de dores, especialmente da cabeça ou da barriga, apesar do exame médico ser completamente inconsequente.

 

Esta lista não é de modo algum exaustiva, mas refere apenas alguns exemplos. Outras situações podem igualmente alertar os pais para que algo não está bem. Por outro lado, nem sempre a presença das alterações acima referidas significa que existe algum problema. Cada caso é um caso e cada criança é uma criança, diferente de todas as outras. O mais correto, se tiver dúvidas, é conversar com o pediatra que habitualmente segue a criança e, na dúvida, seguir os seus instintos.

 

Os psicólogos têm uma formação em psicologia clínica e não podem prescrever medicamentos. Os pedopsiquiatras são médicos que se especializaram em Psiquiatria da Infância e da Adolescência (Pedopsiquiatria) e podem prescrever qualquer medicação que seja necessária. Nas situações mais comuns, em que o seguimento em consulta é tudo o que a criança necessita, um psicólogo é suficiente. Nas situações mais graves, em que se prevê que a criança venha a necessitar de alguma medicação, o psiquiatra será mais indicado. Na dúvida, numa fase inicial é um pouco indiferente quem será o responsável pelo acompanhamento da criança. O mais importante é que ela consiga estabelecer com o profissional uma relação de confiança, pois só assim se poderá sentir à vontade para se abrir e expor o que a preocupa. Mas também familiares, amigos ou colegas de trabalho podem ter referências que tenham utilizado no passado e que se podem revelar úteis.

 

Muitos pais fogem do psiquiatra por terem a noção (errada) que isso significa assumir que a situação é grave e pelo peso social que isso poderá significar. Estes receios não têm fundamento. Se é verdade que as situações mais graves devem ser seguidas por um psiquiatra, os casos mais ligeiros podem ser seguidos pelo psicólogo, embora também o possam ser pelo psiquiatra, desde que a relação que se consiga estabelecer com a criança (e com os pais) seja a melhor.

 

A solução para estes problemas envolve duas coisas fundamentais e muitas vezes negligenciadas: tempo e disponibilidade. Tempo porque nada se resolve sem a poeira assentar e a visão estar mais livre. Disponibilidade porque a criança precisa de se sentir acompanhada quando está em casa ou na escola, longe das sessões com o seu psicólogo ou psiquiatra. Os pais devem estar atentos, disponíveis para ouvir a criança sempre que ela necessitar e não cair na tentação de fazer juízos de valor. A criança precisa de ajuda, não de juízes. A paciência é uma virtude que é habitualmente posta à prova.

 

Algumas dicas podem ajudar a criar um clima de maior confiança:

■  fale frequentemente com a criança;

■ mostre disponibilidade para ela em exclusivo (sem a televisão ligada, sem o telemóvel a tocar e sem os irmãos nas proximidades);

■ procure divertir-se com ela e com os restantes membros da família; mostre que a vida tem também um lado divertido;

■ dê-lhe mimo.

 

Qualquer criança pode sofrer de perturbações mentais, mais ou menos graves, em alguma fase da sua vida. Sejam pequenas contrariedades na escola ou em casa, choques de personalidade com os pais, irmãos, colegas ou com a educadora. Mas podem ser alterações mais importantes, como uma depressão ou uma perturbação da ansiedade. Em todos os casos, a primeira ajuda pode ser o pediatra ou então recorrer diretamente ao psicólogo ou ao pedopsiquiatra. Independentemente de todas estas ajudas, a família, e em especial os pais, têm sempre um papel fundamental na resolução destas situações e são os principais timoneiros que poderão levar o barco a bom porto.

 

Adaptado de Paulo Oom

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